Como a unidade tribal na região era atípica, os significados e os termos usados para descrever e definir os símbolos de tatuagem variavam de vale para vale — e até mesmo entre os próprios mestres tatuadores. Essas divergências eram comuns e refletiam interpretações e analogias distintas, moldadas pelo processo de expansão antropológica vivido pelas tribos da Polinésia.

Ainda assim, havia um conjunto de desenhos primários reconhecidos regionalmente. Entre eles, destacam-se os símbolos inspirados na natureza e nas figuras de animais — como lagartos, tartarugas e tubarões — além de representações antropomórficas humanas, como o tiki. Esses elementos ocupavam um papel importante, principalmente dentro da mitologia Marquesan, e seus significados, na maioria das vezes, apresentavam certa paridade entre diferentes regiões.

No entanto, dado o número imenso e disperso de símbolos existentes, é natural que haja variações interpretativas para cada elemento. Mesmo em fontes literárias de grande credibilidade, essas diferenças de interpretação são recorrentes. O mais relevante, portanto, é a base teórica e o contexto de onde essas análises são extraídas.

Nosso trabalho se respalda em conteúdo literário sólido, com base em estudos realizados por antropólogos e historiadores — em grande parte, produzidos ao longo do século passado.

Entre as principais fontes consultadas, destacam-se:

• Willowdean Chatterson Handy
• William Atkin
• Wilhelm Gottlieb Tilesius von Tilenau
• Karl von den Steinen

E mais recentemente os estudos que muito me influenciou. Com menção honrosa para LARS KRUTAK